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Podem as alterações climáticas afetar os data centers? Empresas já incluem esta crise nos planos de resiliência

pessoas e moinhos de vento elétricos

As temperaturas extremas já causaram instabilidade a data centers da Google e da Oracle em Londres.
Podem episódios deste género repetir-se e que medidas estão as empresas a adotar para se
precaverem?

Os avisos não são novos. A Terra está cada vez mais quente e, ao longo dos próximos 20 anos, deverá
continuar a aquecer, com a possibilidade de serem ultrapassados os 1,5 graus de aumento previstos, de
acordo com um relatório das Nações Unidas do ano passado.

As notícias sobre ondas de calor e fenómenos climáticos extremos sucedem-se até este ponto do ano.
Em julho, por exemplo, o verão ainda ia a meio e já eram registados recordes de temperaturas, em
alguns casos surpreendendo países menos habituados a lidar com números tão altos nos termómetros.
Em Inglaterra, por exemplo, foram atingidos os 40,2 graus, superando o anterior recorde de 2019, de
38,7 graus. As elevadas temperaturas levaram os governantes do país a lançar um alerta vermelho e a
fazer algumas reuniões Cobra, habitualmente feitas em situações de emergência.

Projeto Sines 4.0 vai recorrer a água do mar para arrefecer estruturas

(…) “O site foi estudado extensivamente para assegurar o máximo nível de resiliência em situações de
desastres naturais, o que nos é exigido pelos nossos clientes”, diz Afonso Salema, CEO da Start Campus.
Além disso, “as temperaturas amenas” da região também terão ajudado. A nível de resiliência, o projeto
é “um mission critical project, ou seja, está preparado para qualquer tipo de desastre (terramotos,
tsunamis, etc) ou condições extremas (aumento súbito de temperaturas, etc)”, acrescenta Afonso
Salema.

A Start Campus tem o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em operações até 2025. Nesse
sentido, a eficiência energética assume um papel preponderante. Para manter as estruturas na
temperatura ideal, o Sines 4.0 recorrerá à água do mar para arrefecer os servidores. Mas a empresa
ressalva que “o data center vai arrefecer os servidores com água do mar, mas não a vai consumir”. Ou
seja, a “água entra no campus, passa pelo sistema de refrigeração e é devolvida ao oceano”.

Artigo completo aqui.

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